Governo confirma 404 casos de microcefalia; 3,6 mil estão em investigação
- Franklin Oliveira
- 3 de fev. de 2016
- 2 min de leitura
O Ministério da Saúde divulgou na noite desta terça-feira (2) novos dados sobre microcefalia no pais e sua possível relação com o vírus zika.

Bebê com microcefalia passa por avaliação médica no Recife
(Foto: Fernando da Hora / JC Imagem / Ag. O Globo)
Segundo o novo boletim, foram 4.783 casos notificados entre outubro do ano passado e 30 de janeiro de 2016. Destes, 404 casos foram confirmados com o diagnóstico de microcefalia, 709 foram descartados e 3.670 continuam em investigação.
O boletim indica que, dos 404 casos confirmados de microcefalia, em 17 foram encontrados relação com o vírus Zika. Os médicos e pesquisadores têm dificuldades em encontrar indícios do vírus zika nos casos, já que ele é pouco conhecido e só pode ser detectado por testes quando a gestante está com os sintomas ou em casos em que o recém-nascido não sobrevive.
A região Nordeste continua sendo a que mais notificou casos de miocrocefalia no Brasil. A pior situação é em Pernambuco, em que 1.159 casos estão em investigação. A região Sudeste também mostra alta nos números de notificações, com o pior caso sendo no Rio de Janeiro, onde 196 casos estão sendo investigados. Dos 404 casos já confirmados, 98% estão no Nordeste.
Microcefalia
Até então uma doença rara, a microcefalia é uma malformação que reduz o perímetro da cabeça dos recém-nascidos para menos de 32 centímetros, a média considerada normal. Em cerca de 90% dos casos, essa condição provoca algum tipo de doença mental. O surto de microcefalia está sendo associado ao vírus zika, que é novo no Brasil. O vírus é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya.
Fonte: Época Globo
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